Não Leia Olavo !

Por Renato Cunha Lima

Espero que ninguém leia os livros e os escritos do professor Olavo de Carvalho, tomara que ninguém de caráter mesquinho leia, muito menos os de mente rasa e alma fraca. Olavo realmente não legou lavagem aos porcos.

Não, não estamos falando de um santo, de um virtuoso na sua vida íntima, estamos falando do homem falível e controverso, que conseguiu despertar numa legião de pessoas, sobretudo nos jovens, uma nova visão, inédita, realista, do mundo que vivemos.
Os míopes, entorpecidos na ignorância comum, logo associam Olavo ao Bolsonaro, mas foi nas redes sociais do Deputado Federal do NOVO, Marcel Van Hattem, que li um dos melhores comentários a respeito deste fenômeno cultural e filosófico.
O próprio berço do ódio da esquerda ao professor Olavo de Carvalho transcendeu a aversão ao  “Bolsonarismo”, por uma evidência bem óbvia e cristalina, o despertar cultural de uma geração.
A obra de Olavo de Carvalho entrou na mente dos jovens,  entrou na cultura, na academia de forma indelével,  em terrenos considerados feudos da dominação marxista idealizada por Antonio Gramsci.
“Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades. Não ataquem blindados, ataquem ideias.” Gramsci
Todo leitor de Olavo de Carvalho conhece o ex-secretário do Partido Comunista Italiano, como conhece Karl Marx e todos os outros filósofos e ideólogos que alicerçam a esquerda contemporânea.
Volto a dizer, não leiam Olavo de Carvalho se não forem livres pensadores e amarem a liberdade. Quem ler Olavo de Carvalho com certeza leu ou vai gostar de George Orwell,  Aldous Huxley, Alexis de Tocqueville, Ayn Rand e outros pensadores livres.
Bem longe de ser um messias, Olavo tem suas profecias concretizadas em fatos, todos previstos com décadas de antecedência. Não é brincadeira não, quando li a primeira vez um texto profético do Olavo não acreditei no que estava lendo de tão cruelmente verdadeiro.
Quem conhece vai entender: — É um tapa na cara, um soco no estômago. Como um grito no pé do ouvido lhe dizendo para acordar e muita gente de fato acordou.
O despertar cultural promovido por Olavo de Carvalho deixou apóstolos e seguidores e com sua morte, as suas obras iluminadas serão cada vez mais lidas, revisitadas e debatidas como um farol além mar, libertando homens e mulheres.
Não me considero um “olavista”, mas inegavelmente é preciso reconhecer o seu legado. A obra de Olavo é um farol, uma luz que vai guiar e influenciar outras tantas gerações na infinita guerra cultural entre a dominação e a liberdade.
Não leia Olavo de Carvalho, talvez você não mereça conhecer o quão servo e manipulado você tem sido. Se for para odiar, também não leia. Siga falando mal dele e aguçando a curiosidade nas boas pessoas.
Os bons irão ler Olavo de Carvalho!
Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

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