Rival de Maduro fica em estado grave após ser preso por ditadura

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Após ser sequestrado e preso pela ditadura da Venezuela, o líder de oposição ao déspota Nicolás Maduro, Williams Dávila, foi internado e está em estado grave em um hospital, de acordo com informações divulgadas pelo seu filho William Dávila Valeri, na rede social X. O político é aliado da opositora de Maduro, María Corina Machado, com quem buscava o reconhecimento a vitória do opositor Edmundo González Urrutia, para suceder Maduro.

O agravamento da saúde do militante de oposição ao regime autoritário da Venezuela levou opositores, a Assembleia Nacional e órgãos internacionais a cobrarem a libertação do político raptado e preso pela ditadura, há uma semana, aos 73 anos, por defender a democracia, após reunião com familiares de presos políticos, em Caracas.

O secretário-geral das Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, foi uma das lideranças internacionais que exigiram a libertação do líder da oposição a Maduro. ” A ditadura é responsável pelo seu bem-estar e saúde. Chega de presos políticos”, escreveu Almagro, em resposta à publicação do filho do rival de Maduro.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) cobrou que o Estado Venezuelano garanta a vida, a integridade e a saúde de Willams Dávila, ao denunciar que o líder da oposição é vítima de desaparecimento e detenção arbitrária.

O órgão alertou que já existem 1.393 detenções arbitrárias na Venezuela, enquanto Maduro reivindicou 2.400 detenções na sequência de protestos contra os resultados das eleições, em que insiste que não foi derrotado, sem dar transparência ao processo eleitoral.

“Alertamos o Tribunal Penal Internacional (TPI) e o seu procurador Karim A. A. Khan sobre esta política sistemática de perseguição, que pode constituir crimes contra a humanidade e juntamo-nos à investigação Venezuela I no TPI”, disse a nota da CIDH.

Veja a mensagem em que o filho denuncia a consequências da prisão para a saúde de Williams Dávila:

Como filho, estou chocado e profundamente preocupado. As piores previsões estão a concretizar-se: o meu pai de 73 anos, que foi raptado na quinta-feira passada por defender os valores democráticos, foi internado ontem à noite num hospital em estado grave. Isso só confirma o que temos alertado sobre a importância dos seus cuidados. É inconcebível que, neste país, sejamos mantidos no escuro sem informações claras sobre a sua situação. Exijo respostas imediatas e responsabilizo o governo por esta violação dos direitos humanos. Não é possível continuarmos a viver sob um regime que permite tais atrocidades”, condenou o filho de Williams Dávila.

Deu no Diário do Poder

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