Licitação do transporte de Natal prevê subsídio da prefeitura de R$ 1,38 por passageiro; veja detalhes

Audiência pública para discutir licitação do transporte público de Natal, na sede da OAB -
Foto: Eryka Silva / 98 FM

 

O sistema de transporte público de Natal deverá contar com 85 linhas distribuídas em 452 ônibus e miniônibus. Essa é a quantidade ideal projetada pelo estudo preliminar para a licitação do sistema de transporte público contratado pela Prefeitura da cidade e apresentado na manhã desta sexta-feira (26) em consulta pública realizada no auditório da OAB, em Candelária.

Segundo estimativas da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), contratada pela gestão municipal para fazer consultoria, assessoria e suporte técnico para acompanhamento da licitação do transporte público da capital potiguar, as empresas que queiram licitar com o município deverão investir cerca de R$ 268,5 milhões para renovar e ampliar a frota de veículos e fazer as melhorias necessárias para atender com qualidade e conforto os passageiros – que são 3,6 milhões por mês na capital.

Segundo a prefeitura, o cronograma prevê que o edital de licitação seja divulgado na segunda quinzena de agosto. Até lá, a proposta ainda pode mudar.

A licitação prevê uma rede de transição até o início da operação de forma definitiva. Entre os requisitos, estão ônibus que tenham ar-condicionado e sejam todos novos.

Subsídio

O estudo apresentado aponta que as melhorias no sistema deverão ser custeadas pelos passageiros com aporte da Prefeitura. Para isso, o custo das passagens será dividido em tarifa técnica, no valor de R$ 5,885, que representa o custo real do sistema por usuário, e o valor de R$ 4,50 a ser pago pelos passageiros. No total, está prevista a arrecadação anual de R$ 193 milhões apenas com a tarifa dos passageiros.

diferença de R$ 1,38 (entre os R$ 4,50 pagos pelos passageiros e R$ 5,88 da tarifa técnica) será paga pela prefeitura, através de subsídio mensal. As empresas deverão comprovar o atendimento a requisitos, sob pena de redução no valor do repasse.

Daliana Bandeira, titular da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), expressou que a preocupação da pasta é com os custos do novo sistema. “Estamos falando de um sistema que vai custar R$ 210 milhões por ano, que vai custar R$ 60 milhões aos cofres públicos de subsídios. A gente caminha para que, juntos, a gente possa construir um sistema com qualidade, mas qualidade tem custo”, comentou a secretária.

Deu no Portal da 98

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