Parece mentira, mas é verdade: baterias de cânhamo funcionam oito vezes melhor do que as de lítio e grafeno. A novidade foi descoberta por um experimento conduzido por Robert Murray Smith, da FWG Ltd, em Kent.
Ele observou o comportamento das baterias de cânhamo e lítio e como elas se comportavam em funcionamento. O termo comparativo foi volts por amps. O pesquisador percebeu que as baterias à base de cânhamo geravam uma potência de 31, enquanto a de lítio ficava em apenas 4.
A descoberta apenas confirma algo que cientistas americanos já haviam apresentado em 2014. Eles identificaram que as fibras residuais das plantações de cânhamo têm um potencial impressionante para a geração de energia e são “melhores que o grafeno”.
“As pessoas me perguntam: por que cânhamo? Eu digo, por que não?”, questionou o Dr. David Mitlin, da Clarkson University, em Nova York, em entrevista à “BBC”. “Estamos produzindo materiais semelhantes ao grafeno por um milésimo do preço – e estamos fazendo isso com resíduos.”
Ao serem transformadas em supercapacitores, as fibras de cânhamo conseguem descarregar sua carga completa de forma muito rápida ao objeto alimentado. Essa opção é uma luz no fim do túnel para melhorar a performance de máquinas que exigem altas doses de energia de forma rápida.
“Você pode fazer coisas realmente interessantes com bio-resíduos”, afirma Mitlin. Com cascas de banana, por exemplo, “você pode transformá-las em um denso bloco de carbono – chamamos de pseudo-grafite – e isso é ótimo para baterias de íons de sódio. Mas se você olhar para a fibra de cânhamo, sua estrutura é oposta: ela produz folhas com alta área de superfície – e isso é muito propício para supercapacitores.”
Deu no Hypeness