 Ditador da Belarus, Aleksandr Lukashenko, foi membro do Partido Comunista da União Soviética
Ditador da Belarus, Aleksandr Lukashenko, foi membro do Partido Comunista da União Soviética
Um clube de países eurasiáticos, liderado pela China e pela Rússia, que promove uma visão de ordem mundial alternativa, está prestes a se expandir novamente. Desta vez, o aliado firme da Rússia, Belarus, será admitido na Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) durante a cúpula anual de líderes em Astana, Cazaquistão.
A admissão de Belarus, que apoiou abertamente a invasão russa na Ucrânia em 2022, é um passo significativo para Pequim e Moscou em sua tentativa de transformar a SCO de um bloco de segurança regional em um contrapeso geopolítico às instituições ocidentais lideradas pelos Estados Unidos e seus aliados.
Belarus se junta a outros estados autoritários no clube, com o Irã tendo se tornado um membro pleno no ano passado.
O líder chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin chegaram a Astana para a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) que começou nesta quarta-feira (3). Este é o segundo encontro deles este ano. No entanto, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, líder da maior democracia do mundo, não compareceu ao evento, sinalizando o desconforto de alguns membros em relação à direção que a SCO está tomando.
Fundada em 2001 por China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão para combater o terrorismo e promover a segurança nas fronteiras, a SCO tem crescido nos últimos anos, refletindo a ambição compartilhada de Pequim e Moscou de contrariar a “hegemonia” dos EUA e remodelar o sistema internacional a seu favor.
Em 2017, a Organização de Cooperação de Xangai (SCO) passou por sua primeira expansão, incorporando a Índia e o Paquistão. Com a inclusão de Belarus, o bloco contará com 10 membros, representando mais de 40% da população mundial e cerca de um quarto da economia global. Além disso, a organização possui dois estados observadores, Afeganistão e Mongólia, e mais de uma dúzia de “parceiros de diálogo”, que vão de Mianmar à Turquia e aos estados árabes.
A expansão da SCO segue uma tendência observada em outro bloco liderado por China e Rússia, o grupo BRICS de grandes economias emergentes, que mais que dobrou sua adesão e ampliou significativamente seu alcance global no ano passado.
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