A duas semanas da privatização, demanda por ações da Sabesp supera os R$ 40 bilhões

Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Os investidores estão se posicionando para entrar na oferta de ações que irá privatizar a Sabesp. O Broadcast apurou que já há uma demanda que supera os R$ 40 bilhões. E mais: há algumas fontes citando cifras ao redor de R$ 65 bilhões. A expectativa de outra fonte é de que a demanda chegue a R$ 80 bilhões ao final do período de reserva de ações. Entretanto, existem várias casas que estão inflando as ordens, prevendo um rateio, pondera outro participante do mercado.

A fatia que está indo a mercado é de 17% pela companhia de saneamento paulista, equivalente a R$ 8 bilhões. A demanda já supera cinco vezes esse valor. A definição do preço está marcada para o próximo dia 18. O período de reservas começou nesta segunda-feira, 1º, e vai até o dia 15.

Fontes disseram que, por enquanto, a maioria das ofertas está sendo feita na mesma faixa de preço oferecida pela Equatorial, de R$ 67,00 por ação, ou um pouco abaixo desse valor. “Há ordens gigantes sendo feitas”, disse uma pessoa a par das movimentações.

Investidores estão inflando ordens

A sensação do mercado é de que a demanda pode crescer mais, apesar de haver alguns investidores que estão inflando o livro de ordens. “As ações estão subindo no mercado secundário porque existe a sensação de que muitos não serão alocados”, acrescentou outra fonte. Nesta quarta-feira, 03, subiram 3,60%, para R$ 80,65.

Os pedidos de reserva têm sido principalmente de gestoras de recursos, inclusive de fundos especializados em infraestrutura e saneamento, de acordo com as fontes. Muitos dos pedidos estão vindo de estrangeiros, acrescentam. Na segunda-feira, em entrevista ao Estadão, o governador Tarcísio de Freitas, disse que as reservas por ações superavam R$ 30 bilhões.

A Equatorial irá gastar no mínimo R$ 6,9 bilhões para ficar com 15% da Sabesp e se tornar um investidor de referência na companhia, com três assentos no conselho de administração. O governo do Estado de São Paulo terá sua participação reduzida de 50,3% para 18% e também terá três cadeiras no conselho.

Deu no Estadão

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