O Índice da Construção Civil (Sinapi) no Rio Grande do Norte desacelerou para 0,32% e ficou com o menor do Brasil pelo sexto mês consecutivo em 2021, segundo dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de dezembro terminou com a segunda menor taxa mensal em 2021, perdendo apenas para setembro (0,29%). O indicador monitora as mudanças do custo do metro quadrado em valores percentuais.
Mesmo assim, no acumulado no ano, o indicador atingiu 16,7%, subindo 7,07% valor quase duas vezes maior que o acumulado de 2020 (8,5%) para o mesmo mês de dezembro.
De acordo com a pesquisa, custo da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.319,17, ficando abaixo do valor nacional, que fechou o ano em R$ 1.514,52 reais.
O custo é composto pelo preço do componente material (R$ 827,82) e pelo preço da mão-de-obra (R$ 491,35). O efeito aponta que o Rio Grande tem o terceiro menor valor do país.
A variação percentual acumulada no ano de 2021 foi de 16,7%. O resultado ficou abaixo do acumulado nacional (18,6%) e à frente, no Nordeste, apenas da Paraíba (16,6%) e Piauí (14,3%).
No Brasil, o índice foi de 0,52% em dezembro, o menor índice de 2021. Mesmo assim, no acumulado no ano, o indicador atingiu 18,65%, subindo 8,49 pontos percentuais em relação a 2020 (10,16%), a maior taxa da série com desoneração, iniciada em 2013. Em dezembro de 2020, o índice foi de 1,94%.O custo nacional da construção, por metro quadrado, subiu para R$ 1.514,52 em dezembro, sendo R$ 910,06 relativos aos materiais e R$ 604,46 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.506,76.
A parcela dos materiais ficou em 0,76% em dezembro, registrando queda significativa em relação ao mês anterior (1,66%) e a dezembro de 2020 (3,39%). Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,15%, e sem acordos coletivos registrados, manteve o patamar tanto quando comparado ao índice anterior (0,18%), quanto ao de dezembro de 2020 (0,18%).
O resultado acumulado no ano de 2021 registrou variação de 28,12% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão de obra atingiu 6,78%. Em 2020, a parcela dos materiais fechou em 17,28% e a mão de obra, em 2,33%.
Segundo o IBGE, o primeiro semestre de 2021 teve índices mensais impactados pelas as altas registradas na parcela dos materiais, apresentando duas das três maiores variações da série: junho (2,46%) e julho (1,89%). Já no segundo semestre, as taxas começaram a desacelerar, refletindo uma menor pressão da parcela dos materiais, que passaram a registrar, excetuando julho, valores menores que nos meses anteriores e que os registrados no segundo semestre de 2020.
“Produtos dos segmentos de aço e cimentos e argamassas, que no primeiro semestre tiveram altas consideráveis, desaceleram em dezembro e, em alguns estados, tiveram pequenas quedas”, analisa o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.