Após 59 dias de paralisação das atividades, os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram nesta quinta-feira (20) encerrar a greve da categoria, que havia sido iniciada em 22 de abril.
A decisão de voltar ao trabalho aconteceu após plebiscito realizado no site do Adurn-Sindicato. Participaram do plebiscito 1.760 docentes, dos quais 61,48% votaram pelo retorno das atividades, 36,59% pela continuidade do movimento grevista e 1,93% se abstiveram.
Para o presidente do Adurn-Sindicato, Oswaldo Negrão, a greve realizada pelos(as) docentes da UFRN foi histórica e cumpriu o seu papel. “Fizemos um movimento forte, que contou com ampla participação da categoria, e mobilizou toda a nossa universidade. Foi uma greve, inclusive, de caráter pedagógico”, afirmou o dirigente.
Na última terça-feira (18), a diretoria do Adurn-Sindicato já havia se posicionado em nota, orientando a categoria a votar pelo encerramento da paralisação.
O principal impasse para o fim da greve até então era a recusa do governo em conceder reajuste salarial ainda em 2024. A categoria concordou em não ter o aumento, mas conseguiu avanços na reestruturação das carreiras.
Acordo fechado
No documento, a direção do sindicato apontou os motivos pelos quais defendeu esse posicionamento, entre eles:
- a assinatura do Termo de Acordo pelo Proifes-Federação, garantindo aos professores e professoras o reajuste linear de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026;
- reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT);
- o reajuste dos valores dos auxílios alimentação, creche e saúde;
- anúncio feito pelo Governo de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e a expansão das universidades e dos hospitais universitários federais.
Volta ao trabalho
Nesta sexta-feira (21), diretoria, conselho de representantes e comando de greve do Adurn-Sindicato se reúnem com a reitoria da UFRN para discutir o ajuste do calendário acadêmico.
A expectativa é de que as aulas retornem já na segunda-feira (24).