Desde o início do ano até 16 de abril (Semana epidemiológica 15), 91 óbitos foram causados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio Grande do Norte. O Estado tem enfrentado um aumento significativo nos casos e mortes por vírus respiratórios. Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) revelam que houve um aumento de 70,3% nas mortes neste período em comparação com o mesmo recorte de tempo do ano passado. Os casos de SRAG cresceram 65,9%. Baixa procura por vacinação pode ser um dos fatores para aumento de mortes.
A SRAG é caracterizada por uma infecção respiratória que causa comprometimento das funções pulmonares. Geralmente causa febre alta, tosse, falta de ar, dor de garganta, coriza, entre outros. É importante destacar que a SRAG pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, incluindo o vírus da gripe (influenza), vírus respiratórios sinciciais (VSR), coronavírus (incluindo o SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19), entre outros. Os boletins epidemiológicos da Sesap (até SE 15) mostram que as mortes por SRAG passaram de 64 para 91, entre 2023 e 2024.
Nas unidades de saúde, o aumento é perceptível. Nêvita Medeiros buscou atendimento em uma unidade de pronto atendimento para o filho, de 4 anos, que está com pneumonia. “Ele estava com crise de garganta, febre, fizemos o exame e ele está com pneumonia, agora é ter todos os cuidados. Pelo que a gente vê na família, nos vizinhos e também falando com outras mães, a gente percebe que muitas crianças e adultos estão tendo também. A gente tem que tomar muito cuidado, principalmente nesse inverno”, conta.
Este ano a campanha de vacinação contra a influenza iniciou no dia 18 de março e segue até 31 de maio, vacinando o público prioritário, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais, professores e povos indígenas. A meta é imunizar, pelo menos, 90% de cada um dos 17 grupos prioritários para a campanha, que no RN somam 1,3 milhão de pessoas.
Deu na Tribuna do Norte