Com mais de 67% da população brasileira completamente vacinada contra a Covid-19, grande parte do país se prepara para receber o reforço do imunizante, que deve ser aplicado quatro meses após a segunda dose. Contudo, para quem foi infectado com o coronavírus recentemente, o tempo de espera deve ser maior.
Segundo nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, quem foi infectado pelo vírus deve adiar a vacinação por pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas. Já as pessoas assintomáticas devem esperar o mesmo período a partir do primeiro exame de PCR positivo.
A orientação quanto ao intervalo de quatro semanas independe se o paciente estiver em busca da primeira, segunda ou terceira dose. Caso a enfermidade dure mais tempo, o órgão indica que o paciente espere a recuperação clínica total para então tomar a dose adicional.
“Ao receber o antígeno, o corpo do paciente começa a produzir anticorpos para neutralizar o vírus e o corpo vai aprendendo a se defender. Se o paciente já tem níveis de anticorpos suficientemente altos para neutralizar esse vírus, a vacina corre o risco de não fazer efeito”, diz Freitas, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Contudo, a infecção pelo coronavírus não garante a imunização pela doença, por isso a vacinação é necessária para conter a Covid-19. “Os anticorpos que interessam para neutralizar o vírus são aqueles capazes de bloquear a proteína spike. Não é por que o vírus tem mais anticorpos que a vacina que a infecção é mais efetiva”, alerta o médico.
Deu no Metrópoles