As fortes chuvas que atingem o Sudeste do Brasil desde a noite de sexta-feira, 22, deixaram ao menos 12 mortos, sendo oito do Rio de Janeiro e quatro no Espírito Santos, além dos sete desaparecidos. A previsão para as duas regiões não agradam os dois estados, pois há previsão de mais chuva para os dois locais. Esse tempo é consequência da frente fria que mudou o tempo no Sudeste brasileiro. O temporal que atingiu o Rio e o Espírito Santo provocou enchentes e deslizamento. Na cidade de Mimoso do Sul, casas fora inundadas, carros arrastados pela enchente. Até mesmo um carro de bombeiros foi levado pela enxurrada. Leonardo Ferreira, coordenador da Defesa Civil do município, disse que a cidade esta devastada. Boletim da Defesa Civil estadual mostra que o volume de chuva em Mimoso do Sul foi de 231,8 milímitros em intervalo de 24 horas.
No Rio, Petrópolis, uma das mais afetadas, e que tem histórico de desastres causados pelas chuvas, entrou em estado de emergência. Foram registrados ao menos 75 deslizamento na cidade. Há cerca de dois anos, temporais deixaram mais de 230 mortos. Dezenas de militares e bombeiros com o auxílio de cães farejadores trabalharam em Petrópolis debaixo de uma chuva intensa, sobre uma montanha de escombros. O governador Cláudio Castro descreveu uma situação crítica na cidade histórica, que se declarou em emergência devido às chuvas.
Cerca de 90 pessoas foram resgatadas desde ontem e escolas públicas foram habilitadas como abrigos, informou um comitê de emergência do governo do Rio, em conjunto com os Bombeiros e a Defesa Civil. Brigadas de apoio federais também atuam nas áreas afetadas. Os mortos no estado foram registrados em: Teresópolis (2), Petrópolis (4), Duque de Caxias (1) e Arraial do Cabo (1). Para ajudar no resgate das vítimas, a Defesa Civil Nacional foi encaminhada para as duas regiões. O trabalho deve durar durante todo o final de semana. O anúnico dos trabalhos da Defesa Civil Nacional foi anunicado pelo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Os técnicos da Defesa Civil Nacional vão auxiliar as autoridades das cidades afetadas a fazer os planos de trabalhos necessários para obter recursos do governo federal, seja para assistência humanitária, restabelecimento ou reconstrução. No litoral de São Paulo, houve rajadas de vento e fortes chuvas ontem, quando duas crianças foram internadas após ficarem feridas em incidentes diferentes. As tempestades se devem à chegada de uma frente fria que causou estragos no Rio Grande do Sul durante a semana e depois atingiu São Paulo e o Rio de Janeiro, antes de chegar ao Espírito Santo, explicaram meteorologistas do Inmet.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) antecipava um “clima severo” no Sudeste, principalmente no Rio de Janeiro, com cerca de 200 milímetros de chuva por dia entre ontem e amanhã. Esse volume supera a média histórica de 141,5 milímetros para todo o mês de março. O alerta permanece em vigor até amanhã no Sudeste do país, após uma onda de calor elevar nos últimos dias a sensação térmica para um recorde de 62,3 ºC no Rio de Janeiro no último domingo e gerar os maiores registros em São Paulo para o mês de março.
Deu na JP News