Os servidores dos Institutos Federais do Rio Grande do Norte (IFRN) aprovaram indicativo de greve para o próximo dia 3 de abril. A decisão foi tomada no último fim de semana durante a 187ª Plenária Nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), em Brasília, que teve por objetivo discutir sobre a paralisação nacional e os planos de mobilização da categoria.
A principal reivindicação dos servidores é arecomposição salarial de 34,22% para os técnicos da carreira do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e 22,71% para os docentes da carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). No último dia 07, servidores do IFRN votaram pela adesão do estado de greve.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica
Buscar (Sinasefe/RN), Governo Federal ainda não deu respostas positivas sobre a recomposição salarial das perdas, propondo reajuste zero para 2024. Até o momento, única proposta apresentada inclui apenas o aumento de alguns benefícios a partir do mês de maio: elevar o auxílio alimentação de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; elevar o per capita saúde (“auxílio-saúde”) do valor médio de R$ 144,00 para 215,00; elevar o auxílio creche de R$ 321,00 para R$ 484,90.
Segundo Francisco Dias, ocupante da pasta de formação política do Sinasefe seção Natal, na plenária realizada em Brasília, o Sinasefe/RN defendeu o indicativo de greve para o próximo dia 03 de abril. Como explica Dias, a adesão da greve a nível nacional vai depender do retorno à categoria por parte do ministro da educação, Camilo Santana, previsto para o próximo dia 29. “Se o retorno não for favorável para nós, dia 03 [de abril] estaremos deflagrando a greve”, ressalta. A decisão que foi aprovada acompanha a mobilização de outros movimentos sindicais de servidores federais.
Dias ainda destaca a importância da mobilização da categoria dos servidores dos IFs para fortalecer a luta pela reestruturação da carreira e pelo reajuste salarial: “O que vai garantir que o governo consiga alocar o orçamento para a educação vai ser a nossa organização política, com a luta e a mobilização dos servidores”, destaca.
“A gente precisa se mobilizar e organizar toda a categoria da educação para lutar, visando a nossa qualidade de vida e também para garantir a permanência dos servidores”, argumenta Dias, apontando a evasão dos profissionais dos IFs, especialmente os da área técnica, que, diante das dificuldades salariais, passam a buscar outros concursos ou mesmo a iniciativa privada como alternativa.
Em assembleia do Sinasefe/RN no último dia 07, também foi apontado a importância da sindicalização dos servidores para fortalecer a luta em prol da categoria, bem como a efetiva participação nas atividades do sindicato.
Deu na Tribuna do Norte