Gasolina em Natal deve ficar ainda mais cara, estima Sindipostos

 

A partir desta quinta-feira (1º) o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina terá um aumento de R$ 0,15 e passará de R$ 1,22 para R$ 1,37. A decisão é do Conselho de Política Fazendária (Confaz), aprovada em outubro do ano passado. Com a elevação, o preço do combustível para o consumidor pode aumentar em até R$ 0,50 em Natal, nos próximos dias, de acordo com projeção do presidente do Sindipostos-RN, Maxwell Flor. Isso porque, segundo ele, a alta desta quinta irá se somar a outras duas anunciadas pela refinaria Clara Camarão nas últimas semanas (de R$ 0,15 cada uma) para os postos. Esses reajustes não têm sido repassados ao usuário final.

“Somados os dois aumentos que a refinaria deu neste mês, os reajustes já passam de R$ 0,30. Com mais R$ 0,15 do imposto [que passa a valer nesta quinta-feira], a alta ficará perto de R$ 0,50, se compararmos ao cenário do início do ano com este mês de fevereiro. Então, é possível que venha um aumento entre R$ 0,15 e R$ 0,50 para o consumidor, já que eles não foram repassados até o momento”, explica Maxwell Flor. No dia 18 deste mês, a 3R Petroleum, empresa que opera a refinaria Clara Camarão, anunciou o primeiro reajuste para os revendedores e o preço do litro da gasolina passou de R$ 2,85 para R$ 3.

Na semana passada, na quinta-feira (25), a empresa elevou o valor do litro para R$ 3,15. Enquanto isso, o preço nas bombas tem apresentado redução nas últimas semanas, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a pesquisa, na semana de 31 de dezembro de 2023 a 6 de janeiro deste ano, o preço médio do litro da gasolina era de R$ 5,92. Na semana de 14 a 20 de janeiro, a média estava em R$ 5,79 e em R$ 5,74 no mais recente levantamento (realizado entre 21 e 27 de janeiro).

Maxwel Flor, do Sindipostos, afirma que existe uma preocupação do setor com a estagnação das vendas. Isso, aliado a um período de menor consumo em janeiro, justificam, possivelmente, a decisão dos postos em segurar e até mesmo reduzir os preços nas bombas.

“A gente tem um cenário de baixa para os revendedores, porque ainda estamos em época de férias escolares e o volume de vendas de outros períodos costuma não se manter. Então, uma forma de aquecer, é fazer promoções e baixar os preços, como fazem todos os segmentos”, afirma.

Com os constantes aumentos, o reajuste para o consumidor será inevitável, segundo Flor. “Não posso precisar, mas acredito que em até uma semana, esses aumentos comecem. Como no caso do ICMS, o reajuste já esperado, as pessoas procuram encher o tanque antecipadamente. Só que os estoques dos postos são pequenos e não dá para segurar por muito tempo o preço antigo”, destaca.

Deu na Tribuna do Norte

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