O grupo de insurgentes pró-iraniano Resistência Islâmica no Iraque reivindicou, neste domingo, 28, a responsabilidade pelo ataque com drones contra uma base dos Estados Unidos na Síria, perto da fronteira com a Jordânia, que resultou na morte de três soldados americanos e deixou ao menos 25 feridos. A milícia Al Nujaba, uma das mais proeminentes da Resistência Islâmica no Iraque, celebrou em um comunicado vários ataques que o grupo lançou hoje contra posições americanas na Síria e no Iraque, incluindo um dirigido contra a base Al Tanf, na Síria, “que causou a morte e ferimentos de mais de 50 soldados americanos”. “Esta operação é uma pequena introdução ao inferno das operações da Resistência Islâmica no Iraque”, ameaçou a milícia na nota.
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou hoje que três soldados americanos foram mortos em um ataque de drones no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria, embora o governo local tenha indicado que a ação ocorreu fora de seu território e teve como alvo a base de Al Tanf. “Enquanto ainda estamos reunindo os fatos deste ataque, sabemos que foi realizado por grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, disse Biden em um comunicado. O mandatário acrescentou que os Estados Unidos “responsabilizarão todos os culpados no momento e da maneira que escolhermos”.
Segundo a imprensa árabe, vários insurgentes da Resistência Islâmica no Iraque evacuaram os seus quartéis-generais e postos de controle em antecipação a uma onda de bombardeios americanos em retaliação ao ataque, uma vez que Washington já respondeu duramente a ações anteriores realizadas por seus grupos. Esta é a primeira vez desde o início da guerra na Faixa de Gaza que soldados americanos morrem em consequência de ataques de milícias pró-iranianas no Iraque, que realizaram mais de 100 ações contra posições dos EUA no Iraque e na Síria desde o início do conflito.
Informações da EFE