A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) enfrenta uma crise silenciosa, agravada pela falta de ação daqueles que outrora criticavam a gestão do MEC sob o governo Bolsonaro. Agora, sob novas circunstâncias e alinhamento ideológico, esse silêncio se torna ensurdecedor.
Iniciando com os terceirizados paralisados por atrasos salariais, a situação da UFRN revela um cenário mais amplo de dificuldades financeiras. Dívidas com serviços essenciais e atrasos em bolsas de estudo e pesquisa revelam uma crise institucional preocupante. A espera por recursos do orçamento de 2024 para quitar pendências de 2023 aponta desafios orçamentários que podem se estender.
O reitor da UFRN, Daniel Diniz, já havia expressado preocupação com a situação financeira da universidade em 2023, em uma iniciativa coordenada pela ANDIFES. Contudo, a falta de engajamento e repercussão dessa ação indica uma apatia preocupante em relação aos problemas da instituição, uma apatia que não se limita apenas à administração, mas se estende à comunidade estudantil.
O silêncio e a inércia do Diretório Central dos Estudantes (DCE), dominado por membros ligados a partidos de esquerda, em face desses desafios, revelam uma politização da crise que sacrifica o bem-estar dos estudantes em nome de interesses partidários. Esta situação, agravada por problemas administrativos e orçamentários nos centros e diretórios acadêmicos, limita severamente a capacidade de mobilização estudantil.
A assembleia estudantil convocada pelo movimento dos bolsistas da UFRN é um sinal de resposta ativa, mas também destaca a fragmentação e a falta de coordenação entre os diferentes grupos estudantis.
Este cenário expõe uma preocupante desconexão entre as críticas passadas à gestão federal da educação e a realidade atual, marcada por desafios que exigem mais do que retórica política. A crise na UFRN pede uma resposta coesa e estratégica, que parece estar faltando tanto nas esferas administrativas quanto entre os próprios estudantes e a comunidade acadêmica.
Deu no Blog do Dina