Na semana passada, um adolescente de 17 anos confirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que foi o autor da invasão à conta da primeira-dama Janja Lula da Silvano X (antigo Twitter). O suspeito foi alvo de mandados de busca e apreensão realizados pela PF no Distrito Federal nesta quinta-feira, 14, após fazer publicações ofensivas que citavam a própria primeira-dama, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nesta terça-feira, 19, Janja e Lula se manifestaram sobre o caso durante a live semanal do presidente. “O que aconteceu com a Janja foi importante porque chama a atenção para outras coisas. Um dos moleques que atacaram ela era um moleque de 17 anos. A violência contra meninas é uma coisa absurda (…) Nós vamos ter que fazer uma regulação séria. Não só para o país, mas para o mundo. Como a gente vai fazer isso sem censura é um desafio. A TV tem regulação, e esse cidadão [Elon Musk] nem paga imposto no país”, declarou o presidente da República. Janja criticou a demora do X para derrubar as publicações e retomar o perfil hackeado, e ainda cogitou processar o bilionário Elon Musk, dono da plataforma.
Durante a live, o presidente Lula ainda criticou o relatório econômico divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira, 18, que estimou uma alta do PIB do Brasil de 1,8% para o ano que vem e recomendou que o país mude os parâmetros para determinar os pisos de gastos em saúde e educação, sugerindo que as despesas sejam corrigidas pela inflação. “Você fica vendo manchetes, e hoje eu vi uma que me deixou irritado. Eu fiquei muito irritado. Eu vi uma manchete da OCDE fazendo julgamento da economia brasileira. Eu quero até aproveitar essa gravação aqui para dizer para o pessoal da OCDE que, quando chegar no final do ano que vem, eu vou convidar vocês para tomar um café para provar que vocês erraram em relação a previsão que vocês têm do Brasil”, afirmou o presidente. Ainda no tópico econômico, Lula elogiou a agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai fechar 2023 com vitórias importantes para o governo com a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e de medidas para aumentar a arrecadação.
“O trabalho que o Haddad fez no Congresso Nacional foi extraordinário para a gente aprovar tudo o que está sendo aprovado (…) Fazer uma política tributária num regime democrático é novidade no Brasil. E nós conseguimos isso. Não resolve todos os problemas, mas é um passo para que o Brasil volte a ser um país civilizado, com crescimento econômico, com geração de riqueza. Eu estou feliz. Não poderia ter acontecido algo melhor para mim do que aconteceu este ano no governo”, analisou o presidente.
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