BNB projeta fechar 2023 com R$ 1 bilhão de investimentos na área de renováveis

Aldemir Freire, secretário de Planejamento do RN, tem nome aprovado para diretoria do BNB — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução
Aldemir Freire diz que as energias renováveis têm as principais linhas de financiamento do banco

 

Os projetos em energias renováveis deverão fechar o ano de 2023 com cerca de R$ 1 bilhão em financiamentos por parte do Banco do Nordeste (BNB). A projeção é do diretor de Planejamento do banco, Aldemir Freire, que participou de uma série de visitas ao “ecossistema de inovação” do Rio Grande do Norte nesta semana. A carteira de investimentos em energias renováveis no Estado corresponde a pouco mais de um terço do banco, que deve fechar 2023 com R$ 3 bilhões no Estado e R$ 60 bilhões no geral.

Segundo Aldemir Freire, a carteira de energias renováveis do BNB segue sendo uma das principais linhas de financiamento do banco, que possui programas para empréstimos em projetos de placas solares e parques eólicos. Ainda segundo Freire, o valor de R$ 1 bilhão projetado para 2023 é semelhante ao de 2022.
“Devemos terminar o ano com investimentos em R$ 11 bilhões em infraestrutura, e 80% disso é com energias renováveis. A carteira toda do BNB deve chegar a R$ 60 bilhões. Para o RN, esperamos terminar o ano com R$ 1 bilhão em linhas de financiamento. Isso representa um terço no Estado, com os outros dois sendo microcrédito e os outros segmentos que o banco financia”, analisa.
“No ano passado, aplicamos cerca de 2,8 bilhões em investimentos no Estado. A carteira de infraestrutura ficou praticamente no mesmo tamanho. Os investimentos em solar e eólica, deram uma desacelerada no geral porque tivemos gargalos em linhas de transmissão e uma parte do solar foi antecipada ano passado porque temia-se a nova regulamentação”, acrescenta.
Na última terça-feira (10), executivos do BNB promoveram visitas em institutos ligados à inovação e tecnologia no Rio Grande do Norte. Espaços como Instituto Santos Dumont, Instituto Internacional de Neurociências Edmund e Lily Safra, SEBRAE, Instituto Metrópole Digital, e SENAI Energias Renováveis foram alguns dos locais visitados.
“Estamos vendo as sementes desses novos combustíveis da transição energética que estão sendo desenvolvidos no Estado e no Nordeste”, disse.
Ainda de acordo com Aldemir Freire, o BNB ainda não possui linhas de financiamento para energia eólica offshore por se tratar ainda de iniciativas ainda em processo de estudos e licenciamentos, mas garante que o banco terá financiamento para essas áreas no momento oportuno.
“Ainda é muito cedo para temos linhas de hidrogênio verde uma vez que não temos demanda para isso. Hoje não temos ainda essa demanda, pois é uma tecnologia muito nova, embrionária, mas que teremos volumes significativos no futuro, sem dúvidas. Iremos trabalhar não só a cadeia de produção de hidrogênio verde, mas também agregar valor a essa cadeia, olhando para fontes estratégicas de indústrias para produção de hidrogênio verde, por exemplo”, acrescentou.
“O Banco do Nordeste é um grande participante do setor de energias renováveis e também apoia o desenvolvimento de outras tecnologias, assim como o SENAI. Podermos recebê-los no nosso centro para mostrar o que temos desenvolvido nos aproxima ainda mais nesse mercado”, diz o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello.  “Enxergamos muitos interesses mútuos e esperamos que essa visita seja apenas a primeira de muitas em prol do atendimento a esta cadeia tão importante para o desenvolvimento regional e do país”, acrescenta.
Deu na Tribuna do Norte

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