Em fevereiro, Lula desembarcou em Roraima para denunciar ao mundo a crise humanitária na terra yanomami — imediatamente atribuída à gestão de Jair Bolsonaro. No fim daquele mês, dados do Ministério da Saúde registravam 42 mortes de indígenas. O governo organizou uma força-tarefa liderada pelo Ministério dos Povos Indígenas para poder resolver o problema, mas as medidas tomadas até agora parecem não ser suficientes. Até 7 de julho, o número de óbitos chegava a 154, sendo 48% de crianças menores de 4 anos.
Do total de mortes, 47 ocorreram em hospitais, outras 104 no próprio território indígena, sendo Auaris (33) e Surucucu (14) os líderes em ocorrências fatais.
Segundo o Sistema de Informações de Saúde Indígena (Siasi), doenças infecciosas têm sido a principal causa de morte dos indígenas, com destaque para pneumonia (34). As ocorrências de síndrome respiratória aguda grave nos primeiros sete meses chegaram a 3.059, mais que o registrado em todo o ano de 2022. Os casos de gripe saltaram de 3.203 no ano passado para 10.254 este ano. O GT de Imunização informa ter vacinado mais de 17 mil indígenas contra influenza, covid e demais vacinas.
A malária foi a segunda maior causa mortis (11), com 12.252 casos registrados até julho — contra 15.561 no ano anterior. A íntegra do relatório mensal com todos os dados pode ser baixada aqui. O terra indígena Yanomami abriga pouco mais de 31 mil indígenas.
Deu na JP News