Substâncias presentes no sangue e na urina podem ajudar a prever avanços de doenças renais

Biomarcadores podem ajudar na melhora do tratamento de lesões renais

 

Um estudo realizado por pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos, constatou que determinadas moléculas presentes na urina e no sangue podem ajudar a prever o risco de desenvolvimento de doença renal crônica.

“Cerca de 20% dos pacientes hospitalizados desenvolvem lesão renal aguda e têm um risco de três a oito vezes maior de desenvolver doença renal crônica mais tarde na vida”, afirma Chirag Parikh, diretor da  Divisão  de Nefrologia da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e autor do estudo.

Os pesquisadores observaram que houve aumento da incidência de lesões renais no hospital da universidade.

“Decidimos entender a progressão para a doença renal crônica e se o monitoramento desses pacientes ao longo do tempo pode nos dar pistas sobre a progressão da doença renal”, conta Parikh.

A pesquisa, publicada no periódico Journal of Clinical Investigation, contou com a participação de 656 pacientes hospitalizados com lesão renal aguda, e analisou sete biomarcadores urinários e dois biomarcadores plasmáticos de lesão renal.

A partir disso, os estudiosos passaram a avaliar as alterações longitudinais desses biomarcadores conforme a progressão da lesão para a doença crônica.

Eles puderam observar que, para cada desvio, houve um aumento de alterações nos biomarcadores KIM-1 e MCP-1 e TNFRI durante 12 meses de acompanhamento.

Tais alterações foram associadas a um risco de duas a três vezes maior de desenvolvimento de doença renal crônica.

De acordo com Parikh, essas descobertas sugerem que as lesões teciduais e inflamações, assim como a restauração mais demorada da saúde vascular estariam associados a maiores chances de progressão para a doença renal crônica.

No entanto, eles observaram, também, que o aumento do biomarcador urinário UMOD (uromodulina) foi associado a uma redução de 40% no risco de doença renal crônica.

“A medição longitudinal de algumas dessas proteínas podem ajudar no controle do tratamento de pacientes com lesão renal aguda após a alta hospitalar, incluindo o acompanhamento com nefrologista; otimização de medicamentos para diabetes e problemas cardíacos; e dosagem precisa de todos os medicamentos com função renal reduzida”, finaliza o autor, que alega que a descoberta auxiliará no entedimento da progressão da lesão para a doença crônica.

Deu no R7

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