Técnicos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) estiveram nesta quinta-feira (23) na Ponte de Igapó, para avaliar os possíveis danos estruturais provocados no equipamento após o ataque criminoso da última terça-feira (21).
De acordo com os técnicos, a detonação da bomba caseira causou danos à ponte e poderia ter provocado o desabamento de parte da estrutura, caso o trecho atingido não estivesse interditado em função das obras de requalificação da Avenida Felizardo Moura.
“O que a gente observou é que a explosão causou um dano, mas a gente vai verificar a gravidade desse dano. A peça quase teve uma ruptura. Vamos verificar mais a fundo qual dano é esse”, afirma a presidente do Crea, a engenheira civil Ana Adalgisa Paulino.
A avaliação do Crea diverge da do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que nesta quarta-feira (22) afirmou que a bomba não tinha potencial para provocar danos estruturais porque foi feita de pólvora prensada. Segundo o diretor-geral do Itep, Marcos Brandão, as rachaduras visíveis na estrutura são anteriores ao atentado.
“O desgaste natural você vê a corrosão, ferragem expostas. Mas não existe corrosão na ferragem. Tem exposição dela devido ao acidente. Por isso a gente está atribuindo esse dano à explosão”, declarou a presidente.
Para o engenheiro civil Fábio Pereira, caso o lado da ponte não estivesse interditado, parte da estrutura poderia ter cedido. “Sorte que foi no lado que não tinha tráfego. Se tivesse tráfego, poderia ter provocado problema com os carros”, declarou o profissional.
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Deu no Portal da 98