A apreensão de cocaína pela Polícia Federal no Brasil cresceu 131,5% em dez anos. Em 2013, a corporação recolheu 41,7 mil kg da droga e, em 2022, tirou de circulação 96,6 mil kg da substância. Os valores dizem respeito à soma de cloridato, pasta-base e crack em todas as unidades da Federação.
Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, declarou que a intenção de aumentar o trabalho de cooperação da corporação com organismos internacionais. “Atuaremos para a implantação de mecanismos concretos para informações de inteligência, bem como na organização de operações policiais conjuntas”, afirmou.
Na semana passada, a PF brasileira e a Polícia Federal argentina assinaram uma declaração de intenções com o objetivo de estabelecer estratégias de cooperação para combater o crime organizado na América do Sul, especialmente o tráfico de drogas e de armas. O acordo reúne mecanismos para agilizar a troca de informações de inteligência policial e a realização de atividades operacionais conjuntas entre os dois países.
Cássio Thyone, perito aposentado e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, acredita que o aumento do número de apreensões de cocaína está ligado ao aperfeiçoamento do trabalho policial.
“Embora isso reflita o aumento do consumo, o que eu acho que têm influenciado mais são as questões relativas à melhoria na inteligência policial e na busca por apreensões, que foram de grandes volumes, em especial durante o processo de transporte da droga pelo interior do país”, observa o especialista.
Deu no R7