José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro da Casa Civil de Lula, responsabilizou os militares pelos atos de 8 de janeiro em Brasília. Segundo ele, é preciso “rediscutir” a atuação das Forças Armadas no país.
Zé Dirceu, como é conhecido, ainda responde acusações da operação Lava Jato. Para ele, o ocorrido na capital federal evidenciou o envolvimento de “setores e comandos” militares, até mesmo como forma de “ensaio geral” para avaliar a resistência do novo governo.
— É um péssimo sinal, é um aviso claro, direto para nós de que haverá uma longa luta nesses 4 anos. E eles vão todos os meses tentar desestabilizar, inviabilizar e derrubar o governo — declarou o petista.
— Quero repetir: há, no mínimo, omissão. Senão, anuência. Porque não é possível que as Forças Armadas, o Batalhão da Guarda Presidencial e o Comando Militar do Planalto, e as PMs e as polícias legislativas não reagissem a isso, não impedissem isso — frisou.
Dirceu discutiu ainda o papel das Forças Armadas no governo e sugeriu que os militares “voltem para os quartéis” e saiam de órgãos do governo federal, especialmente em áreas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
— No momento, eu acredito que a tarefa imediata é rediscutir o papel da Defesa Nacional, o papel do Brasil no mundo, o papel das Forças Armadas frente à nova realidade Internacional e que eles voltem aos quartéis, saiam das estruturas de governo — argumentou.
As informações são do Poder360