O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou, por escrito, o pelotão de quase 40 homens do Batalhão da Guarda Presidencial, cerca de 20 horas antes da invasão às sedes dos Três Poderes, no domingo 8, informou o jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira, 12.
Com fontes do Exército, a reportagem reconstituiu os dias anteriores à ação. Nenhuma das fontes revelou por que o GSI, sob responsabilidade do general Marco Edson Gonçalves Dias, nomeado pelo presidente Lula, dispensou o reforço e qual o motivo de ter demorado a agir. As providências foram tomadas somente depois de os prédios terem sofrido danos.
Após um pedido protocolado na sexta-feira 6, em razão da chegada de caravanas a Brasília, o Batalhão da Guarda Presidencial reforçou a segurança no dia seguinte. Na manhã de domingo, porém, não havia mais policiais extras, apenas o efetivo normal, já que houve uma dispensa formal no início da noite de sábado.
No domingo, segundo o Estadão, a guarda também não tinha equipamentos de controle de distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha. A maioria do efetivo portava somente fuzis com munição letal.
Foi só no início da tarde de domingo que o Comando Militar do Planalto (CMP), por iniciativa própria, entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Palácio do Planalto. Além disso, era uma tropa muito menor do que a mobilizada em outras situações, como na ação de black blocks em 24 de maio de 2017, que queriam o impeachment do então presidente Michel Temer (MDB). Daquela vez, o efetivo era 15 vezes maior.
Deu na Oeste