A ativista Luísa Mell criticou, neste sábado, 24, uma das principais tradições do Natal: a ceia. Em entrevista ao portal Na Telinha, a defensora da causa animal lamentou que a maioria da população brasileira tenha o hábito de consumir peru, pernil e bacalhau.
“É uma época difícil para entender por que a gente fala tanto de amor, de compaixão, de solidariedade e do espírito de Natal, que é justamente para isso, e, ao mesmo tempo, está colaborado com um massacre”, observou a ativista. “Uma vida horrorosa. Essa época é a que mais mata peru. Sem dúvida, é uma época de massacre. E as pessoas associam isso a uma coisa boa.”
Luísa continuou: “As pessoas podem fazer um dia de amor por todos os seres, tirando a morte da mesa”. “E, sim, dá para fazer um Natal maravilhoso. Já faço há mais de 20 anos — sem nenhum animal morto, sem ninguém precisar sofrer. Acho que esse tem de ser o espírito verdadeiro do Natal. A gente deve olhar para o próximo, para os animais, para a natureza e conseguir viver em comunhão. Meu maior presente seria esse”, acrescentou.
Luísa não cozinha. Por isso, encomendou uma ceia especial. Burrata (R$ 129), salada de rúcula selvagem (R$ 80) e salada de endívias (R$ 117), por exemplo, estão entre as opções de entrada. As três opções de pratos principais são: conchiglione gratinado, uma massa recheada com ricota de amêndoa e espinafre e molho de tomate (R$ 124); canelone de quatro queijos (R$ 135); e couscous, que mistura tomate, cereja, cebola roxa, pimentão vermelho, vagem francesa, frutas secas, amêndoa, ervas e limão siciliano (R$ 119).
O banquete da ativista soma R$ 704, o equivalente a 58% do salário mínimo brasileiro em 2022 (R$ 1,2 mil). O peru temperado, consumido pela maioria dos cidadãos nas festas de fim de ano, custa entre R$ 50 e R$ 130. Isso representa, na pior das hipóteses, 10% do salário mínimo brasileiro — ou quase seis vezes menos que a ceia natalina de Luísa.
Deu na Oeste