“A OAB age contra a gente”, diz advogado sobre inquéritos do STF

A sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília

 

O advogado Emerson Grigollette, que trabalha para os investigados nos inquéritos das “milícias digitais” e das “fake news”, reiterou o convite ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) para averiguar, com o ministro Alexandre de Moraes, se as prerrogativas das defesas foram realmente respeitadas.

“Ninguém quer ofender o ministro, mas precisamos confrontar”, afirmou o jurista, na quinta-feira 1º. “Ou o ministro abre o sigilo dos inquéritos, ou a OAB terá de me acompanhar para conferir se ele vai nos receber e entender as dificuldades que estamos tendo.”

Os advogados dos investigados contestaram as recentes alegações de Moraes, que afirmou que todos os alvos dos inquéritos tiveram acesso aos autos. Para o ministro, eles tiveram acesso ao devido processo legal.

Segundo um dos advogados, que prefere não ser identificado, a OAB está atuando em conjunto com o Supremo para prejudicar a defesa dos investigados. “Se o ministro diz que tivemos acesso aos autos, eles aceitam a questão e ponto final”, disse ele, em entrevista a Oeste. “Não duvido de estarem atuando juntos para nos prejudicar.”

Ele diz ainda que “não é a primeira vez que a OAB faz isso”. “Já fizemos incontáveis pedidos de providências, e eles não fazem nada”, ressaltou. “Já fizemos reuniões no Conselho Federal, eles falaram que iriam fazer — e não fazem. Agora, de uns tempos para cá, as seccionais começaram a pressionar muito o Conselho Federal, pedindo providências.”

Deu na Oeste

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