Há quatro anos, Alexandre Cristian da Silva Beveluto, de 40 anos, desempregado, sente na pele as dificuldades de ser uma pessoa ostomizada no Brasil. Há cerca de um mês, com a falta de apoio da Saúde Pública do Estado, ele teve sua saúde agravada ao precisar improvisar bolsas de colostomia utilizando sacolas de supermercado.
Após repercussão sobre a triste situação, Alexandre recebeu algumas doações, incluindo, uma caixa de bolsas de colostomia e uma cesta básica. “Ainda existem pessoas de coração bom, se não, eu não sei o que seria de mim agora”, agradeceu.
Sem receber auxílio financeiro e desempregado desde 2019, quando passou a utilizar a bolsa, Alexandre confidencia não ter tido condições de ir buscar os materiais hospitalares disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), para o mês de outubro passado. A Sesap informou que para receber mais bolsas, o paciente passa por uma avaliação multidisciplinar.
Alexandre reforça, contudo, que já tentou solicitar mais bolsas de colostomia, dada as dificuldades que passa com a atual quantidade entregue. Segundo ele, a resposta é sempre a mesma: “Eu vou lá, pergunto se pode e eles dizem que só se alguém desistir de alguma bolsa, porque o número fixo para todo mundo são 10”.
Para Alexandre, a principal expectativa para o futuro é conseguir realizar a cirurgia para suspender o uso da bolsa de colostomia. Com o estado de saúde atual, afirma, não dá para trabalhar. Mas com veemência, afirma: “Emprego não falta pra mim. Sei ser Barman, cozinheiro, pintor”, pontuou.
Informações da Tribuna do Norte