Paciente recebe doações de bolsas de colostomia e denuncia calamidade na saúde pública do Governo Fátima

Alexandre está desempregado desde 2018 e vive de doações, há quase quatro anos está à espera de cirurgia na rede pública

 

Há quatro anos, Alexandre Cristian da Silva Beveluto, de 40 anos, desempregado, sente na pele as dificuldades de ser uma pessoa ostomizada no Brasil. Há cerca de um mês, com a falta de apoio da Saúde Pública do Estado, ele teve sua saúde agravada ao precisar improvisar bolsas de colostomia utilizando sacolas de supermercado.

Após repercussão sobre a triste situação, Alexandre recebeu algumas doações, incluindo, uma caixa de bolsas de colostomia e uma cesta básica. “Ainda existem pessoas de coração bom, se não, eu não sei o que seria de mim agora”, agradeceu.

Sem receber auxílio financeiro e desempregado desde 2019, quando passou a utilizar a bolsa, Alexandre confidencia não ter tido condições de ir buscar os materiais hospitalares disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), para o mês de outubro passado. A Sesap informou que para receber mais bolsas, o paciente passa por uma avaliação multidisciplinar.

Alexandre reforça, contudo, que já tentou solicitar mais bolsas de colostomia, dada as dificuldades que passa com a atual quantidade entregue. Segundo ele, a resposta é sempre a mesma: “Eu vou lá, pergunto se pode e eles dizem que só se alguém desistir de alguma bolsa, porque o número fixo para todo mundo são 10”.

Para Alexandre, a principal expectativa para o futuro é conseguir realizar a cirurgia para suspender o uso da bolsa de colostomia. Com o estado de saúde atual, afirma, não dá para trabalhar. Mas com veemência, afirma: “Emprego não falta pra mim. Sei ser Barman, cozinheiro, pintor”, pontuou.

Informações da Tribuna do Norte

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