A Petrobras terminou a semana, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais, acumulando perda de R$ 54 bilhões em valor de mercado. A estatal terminou a semana valendo R$ 395 bilhões, após suas ações ordinárias e preferenciais terem caído 11,4% e 13,5%, respectivamente. Na sexta-feira (4), as ações da Petrobras (PETR4) fecharam o pregão em queda de 5,51%, cotadas a R$ 28,30. Já a PETR3 fechou em queda de 5,02%, cotada a R$ 31,78.
No acumulado desta semana, das 92 ações componentes do Ibovespa, 79 subiram. E na ponta negativa, a liderança foi da Petrobras, numa espécie de ‘lado B’ do resultado eleitoral. As ações ordinárias (ON) dão direito a voto e participação nas decisões da companhia.
Na Bolsa, são as com o final 3, como a ON PETR3. Já as preferenciais (PN) são as que têm preferência no recebimento de proventos, mas não dão direito ao voto, como PETR4.
No mercado, investidores temem que a política de paridade internacional de preços da Petrobras seja ameaçada sob o futuro governo petista — o que poderia reduzir o potencial de lucro da companha e, consequentemente, os dividendos pagos aos acionistas, inclusive ao governo.
Quem mais se beneficiou foi a 3R (RRRP3), com cerca de 2,5% do tamanho da Petrobras, que disparou 17,8% na semana. A maior entre as petrolíferas privadas, a PetroRio (PRIO3) saltou 9,5% no período e a PetroRecôncavo (RECV3), 16,4%. O petróleo também subiu na semana, com alta de mais de 5%, embalado pela expectativa de maior demanda em meio a rumores de queda de restrições à covid-19 na China.
Na mesma sexta-feira, o principal índice da bolsa brasileira, fechou com alta de 1,08%, aos 118.155,46 pontos. Os níveis de fechamento e intradiário foram os maiores desde 21 de outubro.
Mas incertezas associadas ao que será da companhia no futuro governo têm mantido investidores cautelosos já há algum tempo. Somadas às perdas da semana anterior, quando pesquisas mantiveram Lula na liderança pela corrida eleitoral, as ações da Petrobras desabaram 25%.
Deu no Estadão
