O deputado federal Paulo Teixeira (PT) afirmou neste sábado (5), em entrevista à CNN, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não colocaram condicionantes para a aprovação da PEC da Transição.
“Pelo contrário, ambos ofereceram essas soluções para que elas possam ajudar o novo governo, o que demonstra um espírito republicano em ambos que foi o diálogo feito”, disse Teixeira, que integra a equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e encontrou com Lira e Pacheco na quinta (3).
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Lira pretende disputar a reeleição à presidência da Câmara. Segundo Teixeira, o PT não indicará um candidato do próprio partido.
“Não é recomendado que o partido do governo e a coalização do governo coloquem candidatos para disputar a mesa da Câmara e aí tem que se apostar em algo mais amplo”, disse Teixeira.
Ele citou a eleição à presidência da Casa em 2015, quando Eduardo Cunha venceu o à época representante do governo Arlindo Chinaglia. Depois, Cunha se tornou peça central para o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
“Por essa razão, nós já dissemos que não teremos candidatos nossos à presidência da Câmara. Agora, quem será o nosso candidato à presidência da Câmara depende ainda dos diálogos que nós teremos daqui para frente”, avaliou o deputado.
Ele afirmou, ainda, que o novo governo pretende pôr fim do Orçamento Secreto dialogando com os outros poderes. Caso não seja solucionado dessa forma, o petista acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve torná-lo inconstitucional.
Informações da CNN Brasil.