STF forma maioria para obrigar governo a reativar o Fundo Amazônia

Até o momento, apenas o ministro Nunes Marques abriu divergência

 

Na quinta-feira 27, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou para obrigar o governo federal a reativar o Fundo Amazônia em 60 dias. O pedido foi feito por PT, PSB e Psol, em 2020. As siglas de esquerda querem que a Corte reconheça ainda a “omissão” do Poder Executivo no caso.

A maioria do plenário da Corte determinou ainda a retomada do modelo anterior do Fundo Amazônia, que recebeu contribuições da Noruega e da Alemanha, para “esforços de preservação ambiental”, até ser interrompido em 2019. Segundo as legendas, há R$ 1,5 bilhão parado. Agora, a quantia será destinada a projetos de ONGs na Amazônia para a sua suposta preservação.

Votaram a favor da esquerda a presidente do STF, Rosa Weber, André Mendonça, Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Faltam votar Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Até o momento, Nunes Marques foi o único ministro a divergir da maioria.

Para o ministro, Bolsonaro agiu nas prerrogativas constitucionalmente asseguradas ao presidente, não cabendo ao STF fazer juízo sobre “a suficiência ou a insuficiência das medidas adotadas”. O ministro disse que um governante não pode “ficar preso” a normas elaboradas pelos seus antecessores — o Fundo Amazônia nasceu em 2008, durante o governo Lula.

“A desativação parcial do Fundo não se deu por puro capricho do governo ou com o objetivo de solapar a política pública”, observou Nunes Marques. “Na verdade, o que está havendo é uma revisão completa da governança, de modo a aumentar a transparência e a eficácia dos investimentos.”

Deu na Oeste

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