Durante uma palestra na Universidade de São Paulo, em 2017, o então ministro da Justiça do governo Temer, Alexandre de Moraes, foi confrontado por um estudante pró-PT. Na ocasião, o militante disse que Moraes integrava uma gestão golpista. Naquele ano, a posse de Temer foi contestada pela esquerda.
Com doses de ironias, o recém-indicado ao Supremo Tribunal Federal respondeu: “Em relação à última questão, do nosso simpatizante aqui do governo corrupto, que foi colocado para fora do Brasil pela corrupção, pela falta de vergonha na cara, de quem roubava bilhões. Se, em vez de roubar bilhões, tivesse investido na segurança, se, em vez de desviar dinheiro para construir porto em Cuba, tivessem investido em presídio, estaríamos muito melhor.”
Poucos dias depois, Alexandre de Moraes foi aprovado pelo Senado para ocupar o cargo de ministro do STF. A votação no Plenário ocorreu de forma secreta e não houve discussão sobre a matéria. Foram 55 votos a favor, 13 contra e 13 abstenções. Moraes ocupou a cadeira deixada pelo ex-ministro Teori Zavascki, morte em vritude de um acidente aéreo em Paraty (RJ).
À época, Alexandre Moraes foi atacado pela então senadora do PT Gleisi Hoffmann. Segundo ela, o ministro teria atuação “partidária” no STF.
Deu na Oeste