O mexicano Daniel Ospina Garcia agora é considerado foragido da Justiça. A Polícia Civil acredita que ele não saiu do Brasil e trabalha para prender o suspeito de feminicídio e abandono de incapaz.
O crime foi descoberto no último domingo, quando o corpo da cabeleireira Sandra Maria de Sousa Silva, de 34 anos, foi encontrado no apartamento em que ela morava com a filha, uma bebê de 8 meses, na região da Sé, no centro de São Paulo. Sandra tinha sinais de agressão e perfurações de arma branca no corpo.
A bebê estava no berço com sinais de desnutrição. A cabeleireira mantinha um relacionamento com Ospina Garcia há mais ou menos um mês. Imagens de câmeras de segurança mostram ele no prédio da namorada na última sexta-feira, 22. No último registro, ele deixa o local com malas.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Vanessa Guimarães, todos os indícios levam à autoria do crime pelo mexicano.
“A Polícia Civil já colheu diversos elementos, provas testemunhais, inclusive o depoimento da irmã da vítima. Temo algumas mensagens que são imputadas ao autor, que teria admitido a prática do crime para uma conhecida da vítima. E temos também circuitos de câmeras que demonstram que o autor foi a última pessoa que esteve no interior do apartamento junto com a vítima”, conta a delegada.
Daniel Ospina Garcia tinha antecedentes criminais por furto e tráfico de drogas. Apesar de não haver histórico de violência doméstica com ele, pelo menos não junto à polícia, familiares da vítima disseram em depoimento que já tinham notado um perfil agressivo.
“No dia do crime, a irmã entrou em contato com a vítima por uma chamada de vídeo e percebeu a presença de uma segunda pessoa no apartamento. Ela indagou Sandra quem seria e ela respondeu que seria o seu ex-namorado, pois ela havia pedido que ele deixasse o apartamento, que ela tinha terminado o relacionamento com ele. E a irmã notou um ferimento em sua boca. A irmã indagou, e Sandra respondeu que ela estava com baixa imunidade, por isso o ferimento”, relata a delegada.
Segundo Vanessa Guimarães, a motivação do crime seria justamente o fim do relacionamento, que Ospina Garcia não teria aceitado. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima não estava grávida e que usava método anticoncepcional intrauterino. A bebê de 8 meses teve alta do hospital para onde foi socorrida e está com o pai.
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