O deputado estadual e presidente do PSD no Rio Grande do Norte, Jacó Jácome, confirmou que a legenda estará coligada à chapa encabeça pelo por Fábio Dantas (Solidariedade) e Rogério Marinho (PL), que vão disputar os cargos de governador e senador, respectivamente.
Em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), Jacó Jácome disse que chegou a conversar com o PT sobre a possibilidade de apoio a Fátima Bezerra, mas que o partido “não deu muita atenção ao PSD”.
Com a quarta maior bancada eleita para a Câmara dos Deputados em 2018, o PSD tem o um dos mais robustos fundos partidários, além do quarto maior tempo de TV entre todos os partidos, ficando atrás apenas do União Brasil, PT e PP. Por isso, Jacó Jácome disse que a legenda terá papel fundamental na disputa no Rio Grande do Norte e que faltou o partido não foi prioridade para Fátima Bezerra.
“O PT nos procurou. O palanque está muito cheio e não deram muita atenção ao PSD. Eles pensavam que havia um alinhamento automático nacional ou que tivesse uma intervenção por aqui, o que não aconteceu. O presidente (Gilberto) Kassab nos deixou livres. Acho que houve a falta de prioridade, mas também a falta de alinhamento ideológico”, explicou Jacó Jácome sobre a aliança com Fábio Dantas e Rogério Marinho.
Já sobre a escolha pelo grupo oposicionista, Jacó justificou que não tinha indicações no Governo do Estado e afirmou que sempre se manteve independente nas votações, posicionado-se de acordo com as próprias convicções.
O trabalho realizado por Rogério Marinho como ministro do Desenvolvimento Regional e a proximidade que tem com Fábio Dantas e a mulher dele, a também deputada Cristiane Dantas (Solidariedade), foram alguns dos fatores que contribuíram para a aliança.
“Foi um caminho natural pela nossa afinidade com as pautas conservadoras, que são pautas antigas. Mas não só isso. A própria performance do ex-ministro. Eu considero um grande ex-ministro. Fez trabalho gigantesco, avançou em muitas coisas e nós, já pela afinidade que tínhamos, abrimos a conversa”, disse, sobre Rogério Marinho. “Por isso, vamos seguir com a chapa, com Fábio Dantas, com quem temos uma amizade, uma relação muito cordial”, afirmou.
Sobre a disputa presidencial, Jacó Jácome disse que a legenda vai deixar seus quadros livres para seguir o rumo que entender melhor, assim como o presidente nacional do PSD fez com a bancada de deputados federais do PSD. Pessoalmente, contudo, Jacó confirmou que vai votar em Jair Bolsonaro.
Eleição
Jácome também explicou o motivo pelo qual disputará uma cadeira na Câmara dos Deputados e não na Assembleia Legislativa, vaga que terá seu pai, o ex-vice-governador Antônio Jácome, como candidato. De acordo com Jacó, a iniciativa de mudar de plano e seguir para a disputa da Câmara dos Deputados ocorreu após melhor avaliação do grupo.
“Falando abertamente, a derrota na eleição para o Senado foi um baque muito grande para nós (Antônio Jácome disputou a vaga). Achamos que o momento era para que o deputado Antônio Jácome retornasse para a Assembleia Legislativa e nós vamos brigar por uma vaga na Câmara”, disse.
Deu na Tribuna do Norte