A inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% no acumulado de 12 meses encerrado em junho de 2022, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) divulgados nesta quarta-feira (13).
Na comparação com o mês de maio, a alta foi de 1,3%, um valor maior que os 1,1% esperados pelo mercado, segundo pesquisa da Reuters. Além disso, a inflação acumulada em 12 meses, que o mercado esperava ser de 8,8%, atingiu o maior nível para o período em 41 anos.
Em maio, a alta mensal foi de 1%, enquanto o acumulado em 12 meses estava em 8,6%, também no maior valor para o período desde 1981.
Assim como no mês anterior, a inflação de junho foi influenciada principalmente pelo aumento de preços nos alimentos e combustíveis. Em junho, o preço médio do galão da gasolina nos Estados Unidos atingiu US$ 5 pela primeira vez na história.
Após a divulgação, o mercado passou a reforçar as apostas em uma nova alta de 0,75 ponto percentual nos juros do país pelo Federal Reserve na próxima reunião de política monetária, em julho.
Os Estados Unidos iniciaram o ciclo atual de elevação de juros em março, e desde então já foram realizadas três altas. A mais recente, de 0,75 ponto percentual, foi a maior desde 1994.
Na ata da última reunião, o Fed já havia indicado que poderia realizar uma alta de 0,5 p.p. ou 0,75 p.p., dependendo dos indicadores divulgados sobre a economia do país.
Entretanto, conforme o ciclo de alta se torna mais agressivo, crescem entre investidores as apostas de que a economia dos Estados Unidos entrará em recessão em 2023 como consequência da desaceleração causada pelos juros elevados.
A inflação no país tem sido puxada para cima tanto por um choque de oferta, que eleva preços principalmente de commodities como o petróleo, quanto por uma demanda aquecida, com um mercado de trabalho próximo do pleno emprego.
Excluindo os custos com alimentação e energia, que tendem a representar oscilações transitórias, o núcleo do CPI subiu 0,7% no mesmo período e 5,9% nos 12 meses encerrados em junho. Os dois valores também foram superiores ao esperado pelo mercado.
Informações da Reuters