O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MDB), deve se reunir nesta terça-feira, 5, com líderes partidários para discutir a abertura da CPI do MEC. A expectativa é que o requerimento de instalação da comissão, que vai apurar supostas irregularidades na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro à frente do Ministério da Educação, seja lido ainda nesta semana em plenário.
A responsabilidade de instaurar a CPI deve ser dividida entre os líderes partidários e Pacheco. O presidente da casa também terá uma reunião com a Advocacia-Geral Senado sobre a CPI.
O requerimento da CPI do MEC é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede) e foi entregue na última semana à mesa diretora do Senado com 31 assinaturas, quatro a mais do que o necessário:
“O Senado tem uma particularidade, dois terços do Senado não disputarão a eleição neste ano. E como eu já disse, tem um impositivo nessa CPI que é a necessidade de retaguarda para a investigação. A nossa função primeira é a de sermos Senadores, foi por isso que os amapaenses me colocaram lá, os paulistas colocaram outros, os baianos colocaram outros e os fluminenses colocaram outros”, afirmou o Senador no evento de lançamento da candidatura de Marina Silva.
“O Senado tem uma tarefa importante, sobretudo quando a democracia está sob ameaça, que é fazer a fiscalização e conduzir a investigação”, alertou o senador. A CPI do MEC está na fila atrás de outras CPIs que podem ser instaladas. Uma sobre obras paradas, outra sobre destinação de recursos do FIES, a terceira sobre a atuação de ONGs no Brasil e uma quarta sobre o crime organizado.
Na tentativa de barrar a CPI, a base do governo de Jair Bolsonaro (PL) apresentou dois requerimentos pedindo que os pedidos de instalação das outras CPIs sejam atendidos primeiro. Mas, as solicitações esbarram no período eleitoral.
Resta a dúvida se, após o recesso parlamentar que começa no dia 17 de julho, os senadores voltarão para Brasília para encaminhar as investigações.
Deu na Jovem Pan