A Justiça Federal de São Paulo rejeitou investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas declarações que fez no começo do mês de abril, pedindo que a população fizesse protestos em frente à casa de parlamentares.
Durante um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Lula disse que seria interessante as pessoas visitarem os deputados para falar com eles, suas esposas e filhos.
“Se a gente pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado e fosse 50 pessoas na casa do deputado, não é para xingar, não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, é muito… Eu acho que surte muito mais efeito”, disse o ex-presidente.
Os parlamentares oposicionistas a Lula reagiram e o Ministério Público Federal abriu investigações para apurar se, nas falas do ex-presidente, houve ameaças ou incitação à violência. Já a procuradoria entendeu que, por Lula não citar nominalmente nenhum político, suas falas não devem ser entendidas como incitação pública à violência. Na decisão, a juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª vara criminal federal de São Paulo, disse se tratar de menção a atos públicos não violentos na residência dos parlamentares.