Preço da cesta básica cai 1,5% em Natal, afirma DIEESE

 

No mês de maio, o valor da cesta básica teve queda de 1,5% em Natal, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada de forma mensal pelo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A capital potiguar acompanhou a queda dos alimentos básicos registrados também em outras 13 capitais brasileiras. Das 17 que fazem parte da pesquisa, apenas Salvador (+0,53%), Recife (+2,26%) e Belém (+2,99%) registraram aumento.

No entanto, nos últimos 12 meses, vale ressaltar que a cesta básica em Natal registra uma variação de 16,89%, segundo menor valor do Nordeste, atrás apenas de João Pessoa (+15,47%). Em todo o Brasil, apenas cidades como Vitória (+13,17%) e Rio de Janeiro (+16,18%), apresentaram variações menores, o que faz da cesta básica da capital potiguar a quarta que menos encareceu no último ano, segundo os dados do Dieese.

Entre abril e maio, as quedas expressivas ocorreram em Campo Grande (-7,30%), Brasília (-6,10%), Rio de Janeiro (-5,84%) e Belo Horizonte (-5,81%). São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 777,93), seguida por Florianópolis (R$ 772,07), Porto Alegre (R$ 768,76) e Rio de Janeiro (R$ 723,55).

Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 548,38) e João Pessoa (R$ 567,67).

A comparação do valor da cesta entre maio de 2022 e maio de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,17%, em Vitória, e 23,94%, em Recife.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em maio de 2022, 59,39% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, menos do que em abril, quando o percentual foi de 61,00%.

Em maio de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,84%. Em maio de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 120 horas e 52 minutos, menor do que o registrado em abril, de 124 horas e 08 minutos. Em maio de 2021, a jornada necessária ficou em 111 horas e 37 minutos.

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