A Polícia Federal, em atuação conjunta com a Marinha do Brasil e, em cooperação com autoridades estrangeiras, interceptou, na madrugada do último domingo, 26/9, a cerca de 180 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha (PE), o veleiro Lamia, de bandeira panamenha, carregado com 632,65 kg de haxixe, substância extraída das folhas da Cannabis Sativa, cuja planta também é utilizada na produção da maconha.
Dois tripulantes, ambos de nacionalidade italiana, foram presos em flagrante e conduzidos, no início da madrugada de hoje (29), juntamente com a droga, para autuação na sede da Polícia Federal, minutos após a embarcação que os conduzia ter concluído a viagem e atracado na Base Naval de Natal.
A ação contou com o emprego do Navio-Patrulha da Marinha que levava embarcados policiais federais do Rio Grande do Norte e do Núcleo de Polícia Marítima na Paraíba. A interceptação e apresamento do veleiro Lamia ocorreu após a PF obter autorização das autoridades panamenhas.
A operação é resultante da troca de informações entre o Grupo de Análise de Dados de Inteligência de Tráfico pelo Modal Marítimo-GTMAR/CGPRE, da PF, agências estrangeiras, entre as quais o Centro de Análise e Operações Marítimas (MAOC) e o Centro Integrado de Segurança Marítima (CISMAR), da Marinha do Brasil, que identificaram o transporte de haxixe em uma embarcação que provavelmente teria partido do continente europeu. Essa atuação integrada tem sido intensificada no intuito de assegurar a proteção ao meio ambiente e a segurança nas fronteiras marítimas, em especial na repressão a crimes transnacionais, como o tráfico internacional de drogas.
AÇÕES CONJUNTAS
Somente este ano, a Polícia Federal no Rio Grande do Norte e a Marinha do Brasil, participaram de outras duas grandes apreensões de drogas em alto-mar: a primeira, em 14 de fevereiro, quando foram apreendidas 2,2 toneladas de cocaína na costa pernambucana e, a segunda, em 16 de junho, oportunidade em que 4,3 toneladas de haxixe foram encontradas, a bordo de um veleiro, a 426 km de Recife/PE. Tais eventos realçam a importância de implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, em águas jurisdicionais brasileiras, na nossa Plataforma Continental e no alto-mar, respeitados os tratados, convenções e atos internacionais ratificados pelo Brasil.