Vida de lacração é o que importa

Por Sérgio Levy
Alguém viu alguma dessas escolas de samba falar em Deus ?
A principal manchete estampada neste domingo, referente a escola que recebeu gritos de ‘É campeã’, a mesma que teve a atriz Paolla Oliveira 99% nua à frente dos componentes de sua empolgada bateria, foi: ‘Grande Rio desmistifica Exu’.
Mas quem é Exu ?
Segundo o Wikipédia ‘é o orixá da comunicação e da linguagem. Assim, atua como mensageiro entre os seres humanos e as divindades.’ Por certo a desmistificação esteja na ideia de que o contato direto com Deus não é possível, já que existe um intermediário mensageiro para isso. Quem sabe até o STF ocupe este papel em breve, se já não estiver ocupando.
Em uma festa promovida pela Globosta, onde seus passistas ‘famosos’ desfilam o ódio do bem, reclamando que a vida está um ‘inferno’ e que aquele povo saltitante das arquibancadas chegou no mais alto grau de miserabilidade, não podemos esperar mesmo nenhuma fé.
O importante mesmo é lacrar. Até mesmo a vida de uma criança esmagada por um carro alegórico não importa mais do que a exaltação à Exu, ou o desnude da atriz, a transformação do mito em jacaré, a promoção da bebida, da esbórnia, da violência, do narcotráfico, da devassidão, da orgia, do PT e de tudo mais que possa levar o brasileiro a se afastar da religiosidade.
O perigo para estes carnavalescos avermelhados e sua mídia desmamada é o povo entender que basta o amor e a caridade para existir o diálogo direto com Deus. No fundo a Grande Rio, a grande esquerda desesperada, as grandes revelações desnudas, não passam de instrumentos de persuasão de um sistema que vem se afundando por si só, na lama produzida por anos a fio nos gabinetes do submundo.
Na verdade, a manchete real, não enxergada pelos que teimam em viver no fracassado passado, já é outra: ‘Brasil desmistifica os lacradores e coloca Deus acima de todos!’
Sérgio Levy é jornalista

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