Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As empresas estatais acumularam déficit primário de R$ 20,5 bilhões desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo dados do Banco Central compilados pela CNN Money. É o maior resultado negativo já registrado para o período na série histórica.
O rombo começou em 2023, com déficit de R$ 2,2 bilhões. Em 2024, o valor subiu para R$ 8,07 bilhões e, em 2025, entre janeiro e novembro, já soma R$ 10,3 bilhões.
Correios lideram perdas
Os Correios são os principais responsáveis pelo resultado negativo. A empresa registrou déficit de R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, após um rombo de R$ 2,6 bilhões em 2024.
Petrobras e bancos públicos não entram no cálculo. A estatal petrolífera é excluída por operar com regras de governança semelhantes às de empresas privadas.
O que diz o governo
O governo afirma que o déficit primário não reflete, necessariamente, a saúde financeira das estatais. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), investimentos elevados ou uso de recursos acumulados podem gerar resultado negativo sem indicar desequilíbrio de caixa.
Para o ministério, o indicador segue a lógica das finanças públicas e não mede o desempenho operacional ou mercadológico das empresas.




