Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/ Divulgação
A CPMI do INSS terminou 2025 sem avançar sobre o núcleo político das fraudes bilionárias contra aposentados. Após quatro meses de trabalho, a comissão esbarrou em uma série de habeas corpus concedidos pelo STF, não conseguiu aprovar convocações de aliados do governo e encerrou o ano prometendo mudar o foco para os bancos e os empréstimos consignados a partir de fevereiro de 2026.
Na prática, a base governista conseguiu barrar requerimentos que envolviam nomes próximos ao presidente Lula, como o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Também foram rejeitadas convocações de investigados e denunciantes ligados ao esquema, enquanto pedidos de quebra de sigilo de políticos aliados foram sistematicamente derrotados na comissão.
O avanço da CPMI foi ainda mais limitado pela atuação do Supremo. Ao menos 21 habeas corpus foram concedidos a investigados, garantindo o direito ao silêncio ou a ausência em depoimentos. Entre os beneficiados estão empresários apontados como operadores centrais da chamada “Farra do INSS”, suspeita de desviar até R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais desde 2019.
Sem conseguir romper a blindagem política, a CPMI pretende concentrar esforços em 2026 nos bancos responsáveis pelos empréstimos consignados, que, segundo integrantes da comissão, chegam a impor juros de até 22% a aposentados. A expectativa é pedir a suspensão de contratos suspeitos e ampliar a investigação sobre o papel das instituições financeiras no esquema.
Com informações do Metrópoles




