Foto: Breno Esaki/Metrópoles
Com a pauta econômica destravada e sem grandes urgências legislativas no horizonte, o governo Lula (PT) inicia 2026 em ambiente político mais previsível. Após um fim de ano marcado pela aceleração de votações na Câmara, a expectativa é de um período menos conturbado entre Executivo e Legislativo, com o foco voltado para a disputa eleitoral do próximo ano.
Aliados avaliam que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tende a se aproximar do Planalto. A coordenação entre Motta e o governo deve influenciar diretamente projetos como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, que ficaram para 2026 e poderão tramitar com menos resistência. O movimento também carrega peso eleitoral: Motta tem força na Paraíba e uma relação afinada com Lula pode fortalecer seu projeto político no estado.
O clima de pacificação surge após um ano de atritos pontuais entre os Poderes, incluindo derrotas do governo, como a aprovação do PL da Dosimetria — medida que Lula já sinalizou que deve vetar. Parte do esforço em 2025, segundo Motta, foi “limpar a pauta” antes do recesso para evitar que temas polêmicos contaminem o calendário eleitoral.
No campo político, pesquisas recentes animaram o Planalto e reforçaram a confiança de Lula para 2026. Em evento nesta sexta-feira (19), o presidente afirmou que dará “uma surra” na extrema-direita nas urnas. Com o xadrez eleitoral montado e a pauta legislativa menos travada, Brasília observa agora os movimentos de Hugo Motta — e o impacto dessa aproximação no equilíbrio de forças do próximo ano.
Com informações do Metrópoles




