A aplicação das provas discursivas do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) foi realizada neste domingo (7) sem intercorrências em 228 municípios do país, segundo o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
O balanço preliminar aponta taxa de ausência de 20%, com 42.715 convocados e 8.508 faltosos, percentual considerado “dentro do esperado” pela pasta.
A ministra Esther Dweck afirmou que a execução ocorreu “com tranquilidade, fruto de planejamento e integração de segurança”.
“Todas as provas ocorreram dentro da normalidade. Terminamos agora, mas toda a logística reversa já está em curso para recolhimento do material. Essa tranquilidade é resultado do planejamento que fizemos envolvendo PF, Força Nacional, secretarias estaduais, bombeiros e defesa civil. Felizmente não tivemos nenhuma ocorrência hoje, e isso confirma que o modelo está maduro”, disse em coletiva de imprensa.
Segundo o ministério, todas as cidades que participaram da primeira etapa foram mantidas na fase discursiva, com menos locais de aplicação para concentrar logística, mas garantindo alcance a candidatos de todo o país.
A taxa é metade da registrada na primeira fase do concurso, quando a abstenção ficou próxima de 40%. Segundo Dweck, “o índice reforça a consolidação do modelo”.
“Na primeira fase, cerca de 60% compareceram. Já tinha sido uma presença maior que concursos anteriores. Hoje, com 80% presentes, vemos um engajamento ainda maior e isso consolida o CNU como política pública. Estamos satisfeitos com a adesão e com o resultado obtido nas duas edições”, destacou Dweck.
22 mil contratações até 2026
Dweck destacou que, somando chamadas do CPNU 1 e CPNU 2, o governo projeta até 22 mil ingressos no serviço público até 2026, entre vagas imediatas e cadastro reserva. Dessas, cerca de 11 mil são do concurso nacional.
A ministra reforçou a diretriz de inclusão no processo seletivo. Segundo ela, 57% dos convocados para esta etapa são mulheres, o que só foi possível com a regra de equiparação entre gêneros na convocação para a fase discursiva.
“O concurso público não é apenas seleção, é política pública. Ele reconstrói o Estado com a cara do Brasil. Diversidade importa seja regional, racial, de gênero. Se não tivéssemos equiparação, teríamos 50% homens e 49% mulheres; com a política, chegamos a 57% de mulheres. Isso mostra compromisso com inclusão e renovação do serviço público”, disse.
Ela lembrou que o governo federal já iniciou chamadas de excedentes da primeira edição e que mais de 2 mil aprovados adicionais foram convocados, além do preenchimento gradual das vagas não ocupadas.
Logística e segurança
Durante a aplicação, o governo acompanhou o processo do Centro Integrado de Comando e Controle, com monitoramento de transporte, distribuição de provas e condições climáticas.A ministra frisou que o esquema foi montado para respostas rápidas em caso de emergência, mas não precisou ser acionado.
Próximas datas
O resultado final da prova está previsto para março de 2026. A homologação deve ocorrer até maio, para permitir convocações antes das restrições eleitorais
Cursos de formação curtos permitirão o início de chamadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Fonte: CNN Brasil



