Foto: Adriano Machado/Reuters
A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prepara uma nova estratégia para pedir o retorno dele à prisão domiciliar. Segundo apuração da CNN Brasil, o pedido deve ser apresentado na próxima semana e se apoia na tese de que a quebra da tornozeleira eletrônica não comprova uma tentativa de fuga, como sustenta a investigação.
Os advogados pretendem comparar a situação de Bolsonaro ao episódio envolvendo o ex-presidente Fernando Collor, que ficou mais de 36 horas com a tornozeleira desligada sem ter a medida revista. A defesa argumentará que o dano ao equipamento teria sido consequência de um surto provocado pela introdução de novos medicamentos, afastando a intenção de evasão — que, segundo alegam, seria logisticamente improvável.
Além disso, a defesa reforçará a necessidade de cuidados médicos específicos. Bolsonaro relatou problemas como refluxo, apneia e um quadro que exige cinco remédios diários. Na quinta-feira (27), ele chegou a receber atendimento após os filhos relatarem uma crise de soluços. A equipe jurídica avalia que o ministro Alexandre de Moraes já reconhece a necessidade de um suporte médico contínuo.
Enquanto tentam reverter o regime atual, os advogados também devem apresentar, nesta sexta-feira (28), os embargos infringentes contra a decisão do STF. Internamente, porém, a avaliação é que o recurso serve mais como registro de inconformismo do que como instrumento capaz de alterar a condenação. A prioridade absoluta no momento é retomar a prisão domiciliar.
Com informações da CNN




