Foto: Mahmoud Issa/Reuters
Israel bombardeou alvos do Hamas após membros do grupo abrirem fogo contra tropas israelenses no sul, supostamente violando a trégua. O Exército diz ter matado dois comandantes do Hamas. A facção classificou a ofensiva como “escalada perigosa”.
Os ataques ocorreram em Shuja’iyya, Al-Zaytun e Khan Yunis, no sul do território. É o ataque mais mortal desde 29 de outubro, quando 104 pessoas morreram mesmo durante o cessar-fogo, segundo autoridades palestinas.
Os bombardeios atingiram áreas que abrigavam famílias deslocadas. Palestinos relatam 25 mortos, número não verificado de forma independente.
A imprensa internacional não consegue verificar as informações devido às restrições de acesso impostas por Israel.
Os incidentes reforçam a fragilidade da trégua, mediada pelos EUA, que interrompeu uma guerra de dois anos em outubro. Desde então, Israel e Hamas trocam acusações de violações.
Segundo autoridades palestinas, desde o início do cessar-fogo, 305 pessoas já morreram em Gaza por ataques israelenses. Israel afirma ter perdido três soldados no mesmo período.
O acordo prevê ainda a devolução de reféns e a negociação de uma segunda etapa, que inclui desarmamento do Hamas e a criação de uma autoridade de transição.
Segundo a ONU, 83% dos edifícios de Gaza foram danificados ou destruídos, deixando o território coberto por mais de 61 milhões de toneladas de escombros.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após ataque do Hamas que matou cerca de 1.200 israelenses. A resposta militar de Israel já deixou quase 70 mil palestinos mortos, segundo autoridades locais reconhecidas pela ONU.
Com informações de Folhapress




