O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, recebeu nesta quinta-feira (6) o deputado e autor do projeto de lei que busca classificar facções criminosas como organizações terroristas, Danilo Forte (União-CE). As informações são da jornalista Larissa Rodrigues, da CNN Brasil.
Segundo relatos, no encontro, Rueda decidiu que o partido irá “fechar questão” (votar unido) a favor do texto de Forte e do requerimento apresentado pelo deputado no início da semana.
Isso significa que o União Brasil, terceira maior bancada da Câmara dos Deputados, decidiu apoiar um pedido de Forte para que o PL antifacção, enviado pelo Palácio do Planalto na semana passada, seja incluído e passe a tramitar junto ao PL antiterrorismo, defendido pelo Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O apoio enquanto partido, para que o texto do Planalto seja apensado ao projeto da oposição, tem como intuito pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republucanos-PB), a aceitar o requerimento.
Hugo tem dito que tomará a decisão ainda nesta sexta (7).
Esse tipo de requerimento costuma ser aprovado pela Mesa Diretora da Casa quase de forma automática.
Entretanto, como o assunto é delicado, Hugo decidiu conversar com os dois lados antes de tomar uma decisão.
A oposição argumenta ser praxe que propostas sobre temas relacionados tramitem de forma conjunta. Cita ainda o Regimento Interno da Casa, que prevê que o texto apresentado primeiro englobe os que chegam depois.
No entanto, o governo federal é terminantemente contra o projeto de lei que equipara facções criminosas a grupos terroristas. O Planalto teme que o apensamento das duas matérias possa “enterrar” o texto enviado pelo Planalto.
A principal preocupação está relacionada ao possível relator. O mais cotado para conduzir o parecer sobre o PL Antiterrorismo é o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP). O deputado se licenciou do cargo no governo paulista para conduzir o texto na Câmara.




