Lula volta para a defensiva com operação no Rio e sofre ataque em redes, Congresso e estados

Foto: Adriano Machado/Reuters

A megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, reacendeu o debate sobre segurança pública e colocou o presidente Lula (PT) novamente na defensiva. A ação, considerada a mais letal da história, recebeu aprovação de 57% dos moradores da capital e da região metropolitana, segundo o Datafolha, e unificou o discurso da direita em torno do endurecimento contra o crime.

Lula, que costuma adotar tom crítico a operações desse tipo, evitou questionar a ação comandada pelo governador Cláudio Castro (PL) e defendeu “trabalho coordenado” para enfrentar o tráfico sem colocar inocentes em risco. O silêncio calculado, porém, não impediu ataques nas redes e críticas de governadores oposicionistas, que criaram o “Consórcio da Paz” para reforçar a agenda de segurança.

A reação também chegou ao Congresso. O governo destacou nas redes a sanção de uma lei que prevê prisão para quem ameaçar autoridades que combatem o crime — proposta de autoria do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR). A medida, vista como um gesto incomum vindo da esquerda, buscou conter o desgaste político.

Aliados de Lula admitem preocupação com o impacto da crise na popularidade do presidente, mas apostam em reforçar o discurso de combate ao crime com inteligência, citando operações integradas como a Carbono Oculto, em São Paulo. Enquanto isso, a direita tenta transformar o tema da segurança em bandeira eleitoral para 2026.

Com informações da Folha de S.Paulo

Deixe um comentário

Rolar para cima