RN deve receber mais de R$ 805 milhões em investimentos após leilão de transmissão de energia

Foto: Reprodução

O Rio Grande do Norte vai receber mais de R$ 805 milhões em investimentos com o resultado do leilão de transmissão de energia realizado nesta sexta-feira (31) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

O montante integra um total superior a R$ 5 bilhões destinados a obras de linhas e subestações em 12 estados brasileiros. O lote 7, que contempla o território potiguar, foi arrematado pela Axia Energia — antiga Eletrobras CGT Eletrosul — e prevê a instalação de três compensadores síncronos, sendo dois na subestação de Assu e um na de João Câmara. Esses equipamentos são essenciais para estabilizar o sistema elétrico, garantindo maior qualidade e segurança na transmissão.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os novos empreendimentos representam um avanço estratégico na infraestrutura energética do estado, contribuindo para escoar a produção de energia renovável, especialmente eólica e solar, que fazem do RN um dos líderes nacionais no setor.

“Esses compensadores vão equilibrar as cargas de energia geradas dentro do estado, assegurando estabilidade ao sistema e viabilizando o envio da produção ao Sistema Interligado Nacional”, explicou Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico.

Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) também avaliou o resultado do leilão como positivo, apesar do atraso de alguns meses na realização do certame. A instituição considera o investimento essencial para reduzir a sobrecarga e o desperdício de energia que têm afetado o Nordeste.

“A instalação desses equipamentos nas subestações potiguares vai normalizar o sistema de transmissão e permitir o aumento da capacidade de inserção das fontes renováveis”, destacou Darlan Santos, diretor-presidente do Cerne.

Para o setor de energia limpa, o leilão é considerado fundamental para reduzir os cortes obrigatórios de geração causados pela falta de capacidade na rede de transmissão — um problema que tem gerado perdas financeiras e limitado a expansão dos parques eólicos e solares da região.

As obras devem ser concluídas em até três anos e meio, mas os efeitos positivos deverão ser sentidos já nos próximos meses, com a geração de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos durante a fase de implantação e operação dos equipamentos.

“Estamos falando de mais de dois mil postos de trabalho criados apenas na fase de instalação. O mais importante, porém, é que o projeto vai abrir espaço para novos investimentos em geração de energia no estado, atualmente limitados pela falta de capacidade de transmissão”, completou Hugo Fonseca.

Fonte: G1 RN

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