Após crise no Rio, Lula é aconselhado a evitar falas improvisadas sobre segurança pública

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Após a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido orientado por aliados a evitar declarações improvisadas sobre segurança pública. A recomendação, segundo interlocutores, busca impedir que novas falas sejam exploradas pela oposição em meio à crescente polarização sobre o tema.

O alerta ganhou força após a repercussão negativa de uma fala recente do presidente, na qual afirmou que “traficantes são vítimas de usuários”. Apesar de Lula ter se retratado, o trecho segue sendo usado por adversários políticos para associá-lo à ideia de leniência com o crime. Desde então, o petista vem tratando do assunto apenas por meio de postagens oficiais, evitando entrevistas ou discursos abertos.

Nas redes, Lula tem destacado medidas concretas, como o projeto de lei Antifacção — que prevê até 30 anos de prisão para integrantes de facções e reforça o combate financeiro às organizações criminosas — e a PEC da Segurança Pública, que estimula ações integradas entre União, estados e municípios. “Diferenças políticas não podem nos impedir de avançar”, escreveu o presidente.

Enquanto o governo tenta reposicionar o discurso, governadores de direita, liderados por Cláudio Castro (PL-RJ), criaram o “Consórcio da Paz”, aliança para coordenar ações contra o crime organizado. A iniciativa acendeu o alerta no Planalto, que agora encomendou pesquisas para medir a percepção popular sobre a operação e o impacto do tema na imagem do governo.

Com informações da CNN Brasil

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