
A hipótese da terceira via na disputa presidencial a cada dia se esfacela.
Moro, Doria e Eduardo Leite desejam ser candidato, mas dizem o contrário, à espera do milagre de apoios espontâneos.
Com eles caminham para o precipício PSDB, União Brasil e por tabela o MDB.
MDB – A senadora Simone Tebet nunca teve o apoio do seu partido.
A qualquer momento poderá ser afastada pelos caciques emedebistas.
O pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, já fechou acordo com o MDB, à revelia de Tebet.
A única forma dela reagir foi defender a legitimidade do nome de João Dória no PSDB.
Moro – O ex-juiz tem feito tudo errado, até agora. Entrou na disputa como o “salvador”.
Hoje é apontado como “pecador”, por não cumprir compromissos, além de “ir e vir” nas suas posições vacilantes.
PSDB – Dória ameaçou desistir e desistiu de desistir.
Tudo no estilo tucano. Bruno Araújo, presidente do partido, deu uma carta à Dória, assegurando sua candidatura.
Mas, de outro lado, estimula Eduardo Leite prosseguir em suas articulações.
Até quando? Dória é o candidato do PSDB, na esperança de crescer até julho/agosto, data das convenções partidárias.
Caso não consiga terá dificultado a articulação de alianças, que viabilizem nova candidatura.
Fato novo – ACM Neto, acossado na Bahia, onde disputará o governo, já prega o voto “Lulaneto” e chegou a ameaçar a filiação de Moro no União Brasil.
Pelo andar da carruagem, o ex-juiz está diante da opção: ou um cargo legislativo por São Paulo, ou nada.
Final – Tudo isso confirma o possível triste final da terceira via.
Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal