A potiguar Laura Paiva, de 25 anos, encerrou sua trajetória nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) da melhor forma possível: com a medalha de ouro. A atleta foi campeã na categoria até 49 kg do taekwondo, conquistando o tricampeonato da competição — e, desta vez, com um toque especial. A disputa aconteceu em Natal, e ela pôde sentir de perto a energia da torcida da família e dos amigos.
“Eu participo dos JUBs desde 2019. Fechei um ciclo com chave de ouro: sou tricampeã e, dessa vez, com meus pais, meus colegas de treino e meus amigos na torcida. Não teve sensação melhor”, comemorou Laura.
Formada em Geografia, Laura cursa o sexto período de Pedagogia e o primeiro período do mestrado em Geografia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Além de atleta e estudante, ela também é professora em uma escola pública da comunidade quilombola de Coqueiros, no município de Ceará-Mirim, o que torna sua rotina intensa e desafiadora.
“Não é fácil conciliar tudo, mas eu só consigo porque tenho uma rede de apoio. Meus pais, mesmo eu não morando mais com eles, estão sempre por perto. Tenho também meu companheiro, que me acompanha em tudo. Sem eles, eu não daria conta”, explica.
Apesar da agenda cheia, Laura não abre mão do esporte — e credita a ele boa parte de suas conquistas pessoais e acadêmicas.
“A mente do atleta é diferente. A gente não pratica apenas esperando um retorno financeiro, mas pelo que sente, pelos sonhos que quer alcançar. Quando coloca algo na cabeça, vai até o fim. Eu só consigo equilibrar minha vida esportiva e acadêmica por causa do esporte”, destaca.
Inspirada pelo que o taekwondo trouxe à sua vida, Laura decidiu levar o esporte para seus alunos. Ela criou um projeto de taekwondo na escola onde leciona, que já rendeu resultados impressionantes: mais de 25 estudantes se classificaram para a fase final dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (Jerns).
Encerrando sua participação nos JUBs com três títulos nacionais e um legado de inspiração, Laura Paiva se consolida como um exemplo do talento, da garra e da força da mulher potiguar — dentro e fora dos tatames.
Fonte: Agência Brasil